quarta-feira, 27 de maio de 2009

E chegámos ao fim.

Sim, esta semana está a ser de doidos, sim, deveria estar a estudar, sim, amanhã temos teste de Português.
No entanto, sinto-me tão cheia, tão preenchida que as palavras saltam cá para fora, e decidi não as reter por mais tempo.
Chegou ao fim. Chegou ao fim o trabalho de um ano. Bem, ainda falta a parte "burocrática" da coisa, portefólios, diários de bordo, dossiers de grupo. Mas o Trabalho, com um "T" maiúsculo, acabou. A apresentação foi ontem, e desde que saí daquela escola para um jantar com Amigos também com letra maiúscula que as imagens não me largam.
Um ano inteiro. Um ano inteiro de suor, de trabalho, mas do trabalho que vira o coração do avesso, e faz o lado de dentro passar a ser o de fora. E no fim, dez minutos antes da apresentação, as lágrimas quase que saltavam. "Não vamos conseguir apresentar". Olhava o ecrã, e o maldito "Renderizar títulos e transições" não mudava. Fechei o programa uma, duas, três vezes. Nada. Não íamos conseguir passar o projecto para vídeo. Se apresentássemos em projecto a qualidade de imagem ia ser terrível. Era o fim. As pessoas estavam convidadas e a chegar, e não havia documentário.
Mas a esperança não se vai assim. "Apresenta-se em projecto, pronto. Vamos rezar para que se veja alguma coisa".
Abrimos o projecto. Uma qualidade óptima.
O alívio. Respiramos fundo, com um sorriso desenhado na cara. Afinal tudo tinha dado certo.
Depois das apresentações que não eram necessárias, porque o público já nos conhecia de gingeira, carregámos no "Play".
A sala ficou em silêncio, e todos estavam atentos àquele que nos tinha feito perder (ou ganhar) horas da nossa vida. Durante aqueles 50 minutos, desfrutei do nosso trabalho. Soube muito bem. Estava orgulhosa de nós. Deu trabalho, mas deu certo.
E no fim... bem, não dá para descrever. Foi a maior recompensa que poderíamos ter tido! Pais, professores, amigos, com rosto sincero, davam-nos as palavras que precisávamos. Não contei os "Parabéns", mas senti-os todos cá dentro. Foi tão bom... tão bom que algumas das pessoas mais importantes das nossas vidas reconhecessem naquele trabalho a nossa marca, a de pessoas preocupadas em construir um mundo mais habitável!
Isto não se diz alto, mas eu bem vi algumas lágrimas...
Não sei como consegui caber na porta, de tão inchada que estava com os elogios. "Tenho orgulho em ver-vos crescer". "Hoje percebi que não preciso de uma filha médica para a ter num hospital a cuidar de pessoas". "Se o amor é contagioso, então vocês estão totalmente infectados".
Estas foram só algumas das frases que entraram nos meus ouvidos que nem música.
Obrigada. Só tenho a agradecer, porque não há mais nada que possa fazer depois de tudo o que disseram.
E já agora, como estamos em fase de agradecimentos, quero fazer mais uns quantos: quero agradecer, como todos o fizemos na "ficha técnica": à Operação Nariz Vermelho, pela ajuda imensa (com especial atenção para Mark Mekelburg, Rodrigo Malvar, Rui Gomes, Julieta Guimarães, Julieta Rodrigues e Beatriz Quintella); ao enfermeiro Fernando, pela generosidade e paciência; a todos os profissionais do Santo António que nos permitiram"invadir" a enfermaria; ao professor Francisco Veiga; à enfermeira Margarida Alvarenga; ao Doutor Daniel Serrão; à voluntária Manuela Pinto; ao Professor Paulo Melo; à Professora Manuela Barbosa; a todos os presentes no Dia Aberto e na nossa apresentação; e à Anita e à Anita, às duas e a cada uma, por tudo (porque não vou enumerar, que não saía daqui).
E por fim, e não por ter menos importância (muito pelo contrário), quero agradecer ao meu grupo. Sim! Que este blog também é deles, mas hoje faço-o meu, e agradeço àqueles cinco seres humanos fantásticos a quem tenho a sorte de poder chamar "amigos".
À Tita, que não consigo descrever, porque devia haver um adjectivo só para ela. Nós já o criámos, e já juntámos ao nosso dicionário. "Isto é muito Tita!". É única, porque é uma autêntica criança: vive, e "caga" para o que pensam dela (perdoem-me o calão, mas não há palavra melhor)!
Ao Pedro, "o sincero", o nosso Mirkens Spizman. O verdadeiro eloquente à frente de uma câmara. O atrasado, excepto para o que lhe interessa.
Ao Jorge, a personagem irrepetível que arrasta armários e come chocolate em bolas. O que apanha o 500 sozinho para ir à Doce Mar. O que sobe dez andares de escadas duas vezes seguidas, só mesmo porque lhe apetece. O que tenta a todo o custo arranjar o par ideal para o Filipe, ainda que ele não deixe. O...hm... digamos... criativo para inventar histórias da carochinha. O "grande Jorge", só mesmo porque é realmente grande.
À Mariana da estética e do perfeccionismo, que no fim tem um coração mole (porque entretanto há algo para amortecer a queda!) - e isto é uma piada que nunca hei-de explicar.
E ao Filipe, o parvo do Filipe, que é também uma pessoa espectacular. E os olhos azuis guardam tanta coisa boa... (uuuhhh, depois pagas-me! :D) Sim, Filipe, gosto de ti! Urra!
Podemos ser muita coisa. Mas sem amigos não somos nada. E este ano eu fui uma sortuda com o meu grupo de Área de Projecto. Somos amigos, e isso não me tiram. Ao ponto de a nota deixar de interessar para alguma coisa.
(Professor, se ler isto, faça delete na sua mente da frase anterior. Há gente a precisar de entrar na faculdade).
Pronto. Acho que não tenho a dizer mais nada. O resto, tudo o resto que aprendi e apreendi com este trabalho vai-me acompanhar ao longo da vida.
E foi coisa muito boa.
Podem crer.

Um abraço de palhaça,
Maria Inês Rocha

terça-feira, 26 de maio de 2009

Apresentação Final

Bem. Estamos a pouco mais de 2 horas e meia do início da nossa apresentação. Esta semana foi verdadeiramente de loucos: as tardes na biblioteca a gravar as últimas coisas e a desesperar com os "takes" todos necessários para o Pedro dizer um certo número de palavras ordenadas de forma lógica ao qual chamamos frases e as tardes/noite em casa da Maria a montar tudo no Pinnacle (sacado de forma absolutamente legal), a comer pizza e a tocar piano (até suor escorreu da nossa testa).
Gosto de pensar em mim como um rapaz calmo, que não vacila nos grandes momentos, mas a verdade é que sempre que olho para o relógio dá me um frio na barriga que culmina num enooooorme arrepio ou não estivesse em jogo SÓ o trabalho de um ano inteiro.
Mas é preciso acima de tudo confiança. Dava uma boa palavra do dia não acham?

Beijos e Abraços do Filipe

sábado, 9 de maio de 2009

Dia D

Amanhã é O dia! Amanhã seremos personagens no melhor palco do mundo! Queria agradecer profundamente às enorme "Libertar Sorriso" por nos proporcionarem a maravilhosa oportunidade de levarmos um sorriso, uma gargalhada, um suspiro de alívio às crianças internadas no Hospital Sto. António e aos seus familiares.
Oh tomorrow. Why are you always one day away?
Abraços de palhaço do Filipe.