sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Workshop com a Associação Nariz Vermelho - relatório

(nota: esta fotografia foi tirada assim meio "de surpresa", e por isso não é muito representativa do workshop. Mais tarde, publicaremos outras, que estamos à espera de receber)

No dia 4 de Novembro de 2008, pelas 18 horas, participámos, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, num workshop designado “À procura do seu palhaço interior”. Orientado por Mark Mekelburg, ou se preferirem Dr. Pipoca, um dos membros da associação “Nariz Vermelho”, este workshop tinha como objectivo a libertação da criatividade e da imaginação dos participantes.
Num ambiente descontraído e alegre, onde não faltaram umas boas gargalhadas, foram realizadas algumas brincadeiras com o intuito de descobrir o palhaço que existe debaixo da grande máscara que é a nossa vida. Apesar da máscara, o palhaço não se esconde, o palhaço é autêntico, é espontâneo, é verdadeiro. Vive o momento não lembrando o passado, nem tentando prever o futuro.
Foi o nosso primeiro contacto com a “Risoterapia”, termo que Mark Mekelburg não admitia como o mais correcto para designar a sua acção nos hospitais. Segundo ele, o objectivo não é terapêutico, mas sim entreter os pacientes. No entanto, com as brincadeiras realizadas nos Institutos de Saúde, os doentes podem acabar por fazer movimentos que são favoráveis à sua recuperação.
Os membros da associação “Nariz Vermelho” não são apenas artistas profissionais, mas contam também com voluntários que espalham alegria por todo o hospital, tentando diminuir o sofrimento das crianças que, por muito que tenham uma saúde mais limitada, ainda são crianças - têm sonhos, fantasias, mundos por descobrir.
Acima de tudo, têm direitos que temos de respeitar - um deles, talvez o maior, é o direito de sonhar.

Neste workshop aprendemos:
• Que existe um palhaço em todos nós;
• Que não devemos esconder-nos atrás de máscaras;
• Que devemos mostrar quem somos com orgulho e ser verdadeiros, espontâneos e autênticos;
• Que devemos sempre viver no presente e não no passado ou no futuro, sem pensar no que já passou ou prever o que ainda vem, sem dizer “eu vou ser feliz quando…”. O “quando” nunca chega, porque quando chega já queremos algo mais.
• A rir de nós mesmos, em vez de ficar embaraçados com situações que podem acontecer a todos;
• Que um palhaço tem “um pé na realidade e outro na fantasia”. Se tivesse os dois pés na realidade, destruiria os seus sonhos; se tivesse os dois na fantasia morreria, porque acabaria por correr riscos ao não pensar nas consequências dos seus actos.
• Que o palhaço, ao contrário do que podemos pensar, não é um fingidor, apesar de se mostrar sempre alegre. Por mais problemas que ele possa ter, ele está feliz naquele momento: não vive o ontem nem o amanhã. Ele repara naquilo que aparentemente é insignificante e aumenta-o, porque tem uma criança dentro de si.

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