domingo, 22 de fevereiro de 2009

Dia aberto - 7 de Fevereiro

"O dia aberto é no sábado". De segunda a sábado não largamos o trabalho para este dia. Parecia sempre faltar alguma coisa, parecia sepre que havia alguma coisa nova ou algo mais para organizar. Fazer as filmagens, preparar a apresentação, montar o vídeo, reunir a "tralha" para as vendas e separá-la, escrever e fazer o comunicado, pensar a organização do polivalente, montar tudo no auditório, etc, etc, etc...

Quinta-feira passada à volta do vídeo. Sexta-feira de manhã na escola para fazer o comunicado às turmas, que, diga-se, pode tornar-se algo bastante contrangedor, uma vez que, por vezes, as turmas não mostram muito respeito perante o nosso trabalho, o que se revela frustrante. Porém, a atitude dos professores revelou-se sempre encoragadora e, em alguns caos, comovedora, o que nos fez sentir mais apoiados. À tarde de volta à escola com o outro grupo para organizar tudo mais ou menos (dentro do possível). Mais tarde, casa da Ana Patrícia (Dra. Inão) para continuar a trabalhar no vídeo.Ansiedade e medo pelo dia seguinte. Medo incrível de que o dia seguinte nos saísse "furado, fosse uma decepção e até um embaraço, medo de que não aparecesse quase ninguém. Havia um sentimento também de que nos faltava algo, de que algo tinha ficado por fazer e medo do que poderia ser esse "algo".

Sábado, entre as 18:30 e as 19:00: o alívio, um suspiro multiplicado por seis, multiplicados por dois. Conseguimos! As caras espelhavam felicidade raiando um cansaço animado.Sendo objectivos: o dia foi um sucesso. Conseguimos reunir bastantes pessoas e angariamos mais dinheiro do que aquele que pensamos que iriamos conseguir. No entanto, foi muito mais que isso. Foi bom ter a prestação de todas aquelas pessoas, ver que todos colaboraram. Por mais contratempos e problemas que tenham surgido, foi bom ver todos a cooperar uns com os outros, ver que todos os elementos dos dois grupos estavam lá de cabeça, corpo e também coração, ver que estavam todos lá por inteiro cada um há sua maneira. Foram boas as piadas de uns por entre os tempos em que faziam falta e o stress de outros quando fazia falta, a calma e o à vontade de alguns, a disposição para as coisas. Todo o trabalho foi feito num ambiente favorável visto que já todos nos conheciamos e houve sempre uma grande cumplicidade. No final do dia, quando o polivalente da escola se esvaziou e ficamos nós, havia, obviamente cansaço, mas ainda assim energia e contentamento. Agora era o tempo para acalmar, para parar um bocado. Claro que deu para a brincadeira, mas também faz parte e também faz falta. No fim de um dia como este, os sentimentos eram muitos, mas havia um enorme sentimento de realização, satisfação não só com os outros, mas connosco. Fomos capazes daquilo. Valeu a pena. Valeu todo o trabalho que pode ter dado e todo o cansaço, para, no fim, haver este misto de sentimentos tão bons e tão grandes, tão indescritíveis, que as palavas, normalmente, nunca chegam para os sentimentos.

No que diz respeito à nossa apresentação, em particular, podemos dizer que correu bastante bem. Não tínhamos planeado o que íamos dizer ao certo. Tínhamos apenas distribuído entre nós aquilo de que cada um iria falar. Apesar disso, todos mantivemos um discurso coerente e conseguimos apresentar todas as ideias que pretendiamos com bastante à vontade e simplicidade, sem ser aborrecidos. O vídeo teve resultado, pois despertou logo a atenção do público, visto que nós somos uns palhaços.

Não há grande coisa mais que se possa dizer em relação ao dia aberto, apenas sentir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu senti também :) *

Ricardo Silva Reis disse...

Nascer na era globalização, crescer na época dos computadores, brincar na época dos vídeos-jogos, não augura nada de muito bom.
É indispensável humanizar o nosso dia-a-dia.
Serve isto para dizer do orgulho enorme (do tamanho do meu mar...) por ser pai dum "puto" com um coração sem medida. Orgulho também dos amigos e amigas que com ele partilham esta faceta tão "antiquada" de se darem aos outros pelos outros.
Já devia ter comentado este trabalho mas nem sempre tive a tal oportunidade para o fazer.
Ao Filipe e aos seus colegas um Obrigado profundo e um sorriso de horizonte a horizonte.
PALHAÇOS!!!!!!!!!!!!